Os meteorologistas informam que, seguindo a tendência observada nos dias anteriores, os modelos de previsão do tempo não indicam a formação de um ciclone bomba ou qualquer ciclone atuando na região Sul do Brasil na próxima terça-feira.
As simulações dos modelos europeu, norte-americano, alemão e canadense para a manhã de terça-feira mostram que não há previsão de ciclones na costa sul do país.Embora a possibilidade de um ciclone tenha sido mencionada anteriormente, as últimas atualizações descartam essa hipótese.
Os meteorologistas ressaltam que, apesar da ocorrência de ciclones na região ser comum, os impactos dependem da intensidade e da localização do fenômeno. No caso específico desta semana, não há expectativa de riscos significativos para o Sul do Brasil.Além disso, a previsão aponta para a passagem de uma frente fria que poderá trazer condições para temporais isolados e rajadas de vento em algumas áreas, mas sem a formação de um ciclone bomba.
Ciclones bomba, prejudicaram SC nos últimos tempos
Nos últimos anos, Santa Catarina enfrentou sérios danos causados por ciclones bomba, fenômenos meteorológicos que se caracterizam por uma rápida queda de pressão atmosférica, resultando em ventos extremamente fortes e chuvas intensas.
Um dos eventos mais devastadores ocorreu entre 30 de junho e 1º de julho de 2020, quando um ciclone bomba atingiu o estado, resultando em 11 mortes e deixando 11,5 mil pessoas desalojadas. Os ventos ultrapassaram 130 km/h, causando estragos significativos em 204 cidades, com prejuízos estimados em mais de R$ 277 milhões.Durante esse evento, a força dos ventos destelhou casas, derrubou árvores e provocou interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Em Chapecó, uma idosa foi fatalmente atingida por uma árvore caída, enquanto em Santo Amaro da Imperatriz, um pedestre também perdeu a vida devido à queda de fios de alta tensão. O desabamento de uma casa em Tijucas resultou em outra fatalidade, evidenciando a gravidade da situação.Além do ciclone de 2020, outros eventos similares também causaram danos consideráveis ao longo dos anos.
Em junho de 2023, por exemplo, um ciclone extratropical afetou a região sul do Brasil, trazendo ventos fortes e chuvas intensas que resultaram em alagamentos e quedas de árvores. A Defesa Civil frequentemente alerta a população sobre os riscos associados a esses fenômenos e recomenda precauções durante a ocorrência de tempestades.Os meteorologistas destacam que os ciclones bomba são mais comuns nas regiões temperadas e podem ocorrer rapidamente devido a interações entre massas de ar quente e frio.
A classificação como "bomba" é atribuída quando há uma queda brusca na pressão atmosférica, intensificando os ventos e as condições climáticas adversas. A experiência acumulada com esses eventos reforça a importância da preparação e do monitoramento constante das condições meteorológicas para minimizar os impactos sobre a população e a infraestrutura local.
