Não apenas a Igreja Católica, mas outras denominações religiosas, são contra o atual formato do Halloween, ainda que a festa, que era considerada pagã, fosse absorvida pelo catolicismo, em uma tentativa de comemorar o Dia de Todos os Santos.
O grande problema, segundo a Arquidiocese do México, a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica.
Inclusive, a mesma orientação é repassada por outras igrejas no Brasil: a de que qualquer comemoração ou festividade que tenha menções a bruxas, ou espirito, sejam evitadas.
O Dia das Bruxas, conhecido como Halloween, é uma celebração que ocorre anualmente em 31 de outubro, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Suas raízes, no entanto, remontam a uma tradição pagã milenar.
Esta festividade tem sua origem nos antigos Celtas, um povo que migrou da Ásia para a Grã-Bretanha há mais de dois milênios. Para eles, o dia 31 de outubro marcava o fim do ano e coincidia com o período da colheita.
Crenças e Rituais
Os Celtas acreditavam que nesta noite específica, os espíritos dos mortos retornavam à Terra. Esses espíritos, segundo a crença, buscavam alimento e tinham o intuito de assustar os vivos. Além disso, havia a crença no surgimento de bruxas, consideradas mulheres que mantinham relações com demônios e causavam males à comunidade e ao gado.
Samhain
Para se protegerem dessas entidades sobrenaturais, os Celtas desenvolveram o costume de usar máscaras assustadoras. Este ritual era conhecido como Samhain e visava afugentar os espíritos e as bruxas.
Com o passar do tempo, a chegada do cristianismo à Grã-Bretanha trouxe mudanças significativas. Os missionários cristãos, notadamente São Patrício no século IV e São Columbano no século VI, trabalharam na conversão dos Celtas, influenciando gradualmente suas tradições e crenças.Esta transformação cultural resultou na fusão de elementos pagãos e cristãos, dando origem à celebração que hoje conhecemos como Halloween, uma festa que mantém aspectos de sua origem ancestral, mas que evoluiu consideravelmente ao longo dos séculos.
As informações deste artigo foram retiradas da revista de Dom Estevão Bettencourt (PR n.464/2001, pág.47s)