Genialidade e ousadia, definiram toda a trajetória de Washington Olivetto, que morreu hoje por problemas no aparelho respiratório, aos 73 anos, também encantou os jovens catarinenses das décadas de 80 e 90.
Em um tempo que os comerciais da TV não eram politicamente corretos e mais ousados, a criatividade tinha pouco limite, ou quando o CONAR resolvia intervir de forma enérgica, algo raro no século passado. De toda forma, Olivetto encantou gerações de telespectadores catarinenses que passavam o dia na frente da TV, em um tempo onde o grande poder da imprensa, estava baseado na televisão e a mina de ouro (para os anunciantes), era estar na hora certa e com o produto certo, nos comerciais de televisão.
O grande detalhe é que Washington Olivetto, com sua magia, conseguia quase sempre, o impensável: transformar a marca anunciada, em uma referência nacional, em um comercial de 15 ou 30 segundos, fazendo com que os consumidores se referissem ao produto, com o nome próprio que acabou "pegando" no cotidiano da população.
Com a morte de Olivetto, o marketing além de estar em luto, demonstra ainda mais de forma escancarada, a falta de criatividade genuína, das grandes agências de publicidade. Quem se lembra ao menos nos últimos dez anos, de um comercial realmente criativo?
A geração dos anos 80 e 90, se questionada, lembrará no mínimo de três comerciais lendários e certamente, elaborados com a maestria de Olivetto. Washington, foi um ser lendário, da mesma forma que Senna e não será do dia para a noite, que teremos um sucessor à altura.