
Uma mulher de 25 anos ficou ferida após sofrer um acidente de trânsito na tarde desta segunda-feira (27), em Urussanga. A ocorrência foi registrada pelo Corpo de Bombeiros por volta das 12:29h, na Rodovia SC-108, no bairro Rio Maior.
O acidente envolveu um automóvel Jeep Renegade. Segundo o relato da própria condutora aos socorristas, ela teria perdido o controle da direção, o que fez com que o veículo saísse da pista e capotasse.
Quando a guarnição do ASU-559 chegou ao local, a vítima estava sentada dentro do carro, consciente e orientada. Ela apresentava escoriações nas mãos e queixava-se de dores na região do cóccix.
Após o atendimento pré-hospitalar, a motorista, que estava com sinais vitais estáveis, foi conduzida ao Hospital Nossa Senhora da Conceição para avaliação médica.
Meteorologia prevê chuva e especialistas alertam: dirigir em pista molhada exige mudança imediata no comportamento do motorista. Os perigos vão muito além de simplesmente "se molhar"; eles alteram fundamentalmente a física do veículo.
O aumento no número de acidentes em dias chuvosos está diretamente ligado a três fatores principais: a perda de aderência, a temida aquaplanagem e a drástica redução da visibilidade.
O Inimigo Oculto: Os Primeiros Minutos
Especialistas em segurança viária apontam que os primeiros 15 minutos de chuva são, paradoxalmente, os mais perigosos. A água inicial se mistura com o óleo, fuligem e borracha acumulados no asfalto seco, criando uma película fina e extremamente escorregadia.
"É o equivalente a dirigir sobre uma pista levemente ensaboada," explica um instrutor de direção defensiva. "Nessa condição, a distância de frenagem pode facilmente dobrar. Uma freada que levaria 30 metros no seco, exigirá 60 no molhado."
Aquaplanagem: Quando o Carro "Flutua"
O fenômeno mais conhecido é a aquaplanagem (ou hidroplanagem). Ela ocorre quando o veículo passa em alta velocidade sobre uma camada de água e os pneus não conseguem drená-la a tempo.
Isso cria um "colchão" de água entre o pneu e o asfalto, fazendo com que o carro perca totalmente o contato com o solo. O resultado é a perda completa do controle da direção e dos freios. A velocidade excessiva e pneus gastos (com sulcos abaixo do limite TWI) são os principais catalisadores da aquaplanagem.
Visibilidade Comprometida
Além da pista escorregadia, o motorista enfrenta uma "cegueira" tripla:
A própria chuva: A intensidade das gotas no para-brisa.
Spray de outros veículos: A névoa de água suja levantada por carros, e principalmente caminhões, pode cegar momentaneamente o motorista de trás.
Embaçamento interno: A diferença de temperatura e umidade causa o embaçamento rápido dos vidros, exigindo o uso correto do ar-condicionado ou desembaçador.
Autoridades de trânsito reforçam que, sob chuva, a prevenção é a única ferramenta eficaz. As medidas são simples, mas cruciais:
Reduza a Velocidade: Esta é a regra de ouro. Reduzir a velocidade não é opcional; é a principal forma de evitar a aquaplanagem e garantir tempo de reação.
Aumente a Distância: A regra dos "dois segundos" para o carro da frente deve ser duplicada para, no mínimo, quatro ou cinco segundos.
Mantenha os Faróis Baixos Acesos: Mesmo durante o dia. A regra é clara: se o limpador de para-brisa está ligado, o farol também deve estar. É fundamental para ser visto pelos outros motoristas.
Verifique os Pneus: Pneus carecas são uma sentença de acidente em pista molhada.
Evite Manobras Bruscas: Todas as ações – frear, acelerar e virar o volante – devem ser feitas com o máximo de suavidade.