Um homem de 37 anos morreu em um trágico acidente de trânsito na madrugada deste domingo (12), na Rodovia Genésio Mazon, no bairro De Villa, em Urussanga. A colisão envolveu uma motocicleta Honda Bros 150 e um automóvel Volkswagen Crossfox.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado por volta das 00:11h para atender a ocorrência. Ao chegar ao local, a guarnição encontrou o condutor da motocicleta, um homem de 37 anos, em decúbito dorsal sobre a pista, já sem o capacete e sem sinais vitais. A equipe de atendimento pré-hospitalar constatou a ausência de sinais vitais, pupilas midriáticas sem fotorreatividade, um grave trauma cranioencefálico, a amputação do membro inferior esquerdo e diversos outros traumas pelo corpo.
Os ocupantes do Crossfox, um jovem de 26 anos que conduzia o veículo e uma mulher de 20 anos que estava como caroneira, não sofreram ferimentos.
O local do acidente foi isolado para os procedimentos necessários. A Polícia Militar Rodoviária e a Polícia Científica foram acionadas via Central de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM) e assumiram a ocorrência para a realização da perícia e demais investigações sobre as causas da colisão. A Polícia Militar também prestou apoio na sinalização e segurança da área.
Após a conclusão dos atendimentos e a liberação do local pelas autoridades competentes, a guarnição dos bombeiros retornou à base.
A trágica ocorrência em Urussanga é um reflexo da violenta realidade do trânsito brasileiro. O país ostenta números alarmantes de acidentes e mortes nas ruas e estradas, uma crise de saúde pública que ceifa dezenas de milhares de vidas todos os anos.
Dados recentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Painel CNT de Acidentes Rodoviários revelam um cenário preocupante. Em 2024, o Brasil registrou mais de 73 mil acidentes em rodovias federais, que resultaram em mais de 6 mil mortes, uma média de quase 17 vidas perdidas por dia. Os números totais, considerando vias urbanas e estaduais, são ainda mais devastadores. Em 2023, dados consolidados do Ministério da Saúde apontaram para 34.881 mortes no trânsito em todo o território nacional, mantendo uma tendência de alta observada desde 2020.
Os motociclistas, como a vítima do acidente em Urussanga, representam uma parcela desproporcionalmente alta e vulnerável das estatísticas. Em 2023, quase 39% do total de mortos no trânsito eram motociclistas, somando 13.477 vítimas. A taxa de mortalidade em acidentes com motocicletas tem apresentado um crescimento preocupante, evidenciando os riscos associados a este meio de transporte.
As principais causas dos acidentes, segundo especialistas em segurança viária, continuam sendo, em sua maioria, relacionadas a falhas humanas. Excesso de velocidade, a perigosa combinação de álcool e direção, distrações ao volante – como o uso do celular –, e o desrespeito à sinalização estão entre os principais fatores que levam a colisões fatais. Condições inadequadas das vias e a falta de manutenção dos veículos também contribuem para essa triste estatística.
A legislação de trânsito brasileira, como o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estabelece regras claras para a segurança, incluindo a obrigatoriedade do uso do capacete com certificação do INMETRO, devidamente afixado à cabeça. O descumprimento, como observado na ocorrência, pode ter consequências fatais. A fiscalização rigorosa e, principalmente, a conscientização de todos os condutores, motociclistas, ciclistas e pedestres são fundamentais para a reversão desse quadro. Enquanto a prudência e o respeito à vida não forem prioridades no trânsito, notícias como a desta madrugada continuarão a se repetir em todo o país.
