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Nos últimos dois anos diversos medicamentos foram descontinuados

É o caso do Amitiza com o princípio ativo Lubiprostona

Por: Mauro Paes Corrêa
07/10/2025 às 13h08
Nos últimos dois anos diversos medicamentos foram descontinuados
Foto: Freepik/PB

 Para muitas pessoas, um bom tratamento de saúde, precisa do melhor medicamento adequado, e quando um determinado produto é descontinuado, a busca por uma nova opção, pode ser um desafio tanto para o médico, quanto para o paciente, que precisa  se adequar a um novo princípio ativo, e muitas vezes, a adaptação é difícil ou eventualmente, não acaba ocorrendo.

 Para os portadores da constipação idiopática crônica (CIC), constipação induzida por opioide (CIO) com dor crônica não causada por câncer e síndrome do intestino irritável com constipação (SII-C), o Amitiza, com seu princípio ativo Lubiprostona, parecia ser o medicamento ideal. 

 Efetivo, de rápida ação, e considerado por muitos gastroenterologistas, como um medicamento de ponta e bem tolerado, o medicamento foi descontinuado em 2023, por deliberação da fabricante, a Takeda, em deixar de produzir o medicamento no Brasil. Inclusive, é possível encontrar o medicamento para importação, através de empresas legalizadas para fazer o trâmite de importação, seguindo as regras da ANVISA.

  Assim como o Amitiza, muitos medicamentos saem das prateleiras todos os anos, por diferentes motivos, e nas redes sociais, é possível acompanhar o drama de quem por anos, utilizou determinado medicamento e de uma hora para outra, precisa encontrar uma alternativa.

 Alguns, tentam fazer um "estoque", de medicamentos, procurando em outras farmácias, até que seja quase impossível encontrar a medicação para venda, enquanto tentam experimentar outras terapias, naturais ou medicamentosas, recomendadas pelo profissional médico.

 Quem possui recursos financeiros, ainda busca fazer todo o processo de importação, que além de muito caro, é burocrático e a chegada dos medicamentos, pode facilmente ultrapassar mais de 90 dias. 

 É o caso de Lúcia L., usuária de um medicamento descontinuado, que movimentou suas redes sociais e páginas de reclamação de empresas, tentando obter uma comunicação oficial. No caso de Lúcia, o medicamento foi descontinuado por opção da fabricante, que explicou para a consumidora, de sua opção em descontinuar o produto.

 Pelas regras da Anvisa, qualquer fabricante pode descontinuar um produto, desde que seja feito todo o processo na agência estatal, garantindo a transparência com consumidores e profissionais médicos. E, muitas vezes, determinados medicamentos são descontinuados afim de que seja inserido um produto novo, com componentes recém descobertos, ainda que sejam mais caros, porém com melhor abrangência e efetividade.