O programa 'Fantástico', exibido no último domingo, trouxe à tona detalhes de uma investigação que identificou um homem como suspeito de ter assassinado dez pessoas em Alagoas. Albino Santos de Lima, de 42 anos, foi apontado pela polícia como o maior assassino em série já registrado no estado, com as autoridades não descartando a possibilidade de que o número de vítimas seja ainda maior.
Helyzabethe Bezerra Santos, mãe de Ana Beatriz, uma das vítimas com apenas 13 anos, expressou sua dor ao comentar a situação: ao receber a notícia do crime, ela sentiu como se um pedaço do seu coração tivesse sido arrancado e revelou que não conseguia acreditar que isso havia acontecido com ela.
A polícia descreveu o modus operandi de Albino, que costumava se vestir de preto e usar um boné para ocultar o rosto. Foi dessa maneira que ele abordou Ana Beatriz em um bairro de Maceió. Na noite do crime, enquanto Helyzabethe comemorava seu aniversário, Ana saiu para passear com a irmã mais nova e duas amigas, sendo abordada por Albino e morta. O pai da menina, Regivaldo Rodrigues Tavares, lamentou a brutalidade do ato, questionando como alguém poderia seguir e matar uma pessoa inocente sem motivo.
Sem pistas sobre o autor do crime inicialmente, a polícia divulgou imagens de câmeras de segurança que mostravam o suspeito circulando pelo bairro. Com o auxílio de testemunhas, Albino foi identificado e preso em 17 de setembro. Durante a prisão, ele não resistiu e manteve a calma. A delegada responsável pelo caso relatou que uma pistola calibre .380 foi encontrada na casa de seu pai, onde ele morava.
Essa arma foi fundamental para a investigação; análises da Polícia Científica confirmaram que ela havia sido utilizada em pelo menos outros nove homicídios. Os projéteis encontrados nas vítimas eram compatíveis com os disparos feitos pela pistola de Albino, solidificando as suspeitas sobre sua atuação como serial killer. Charles Mariano Pedrosa de Almeida, diretor do Instituto de Criminalística de Alagoas, destacou que casos como esse são inéditos na região.
As investigações revelaram aspectos perturbadores sobre Albino: ele registrava as datas dos crimes em um calendário e visitava cemitérios para fotografar lápides das vítimas. Apesar de ter formatado seu celular, os peritos conseguiram recuperar informações valiosas que incluíam diretórios com nomes sugestivos como "odiada Instagram" e "mortes especiais". O delegado Gilson Rego Sousa informou que foram encontradas fotos de pessoas vivas que poderiam ser potenciais vítimas.
Em depoimento obtido pelo 'Fantástico', Albino confessou ter cometido oito dos dez assassinatos atribuídos a ele e alegou que suas vítimas pertenciam a organizações criminosas. No entanto, investigações posteriores desmentiram essa afirmação, confirmando que nenhuma das dez vítimas tinha envolvimento com facções criminosas.
A delegada responsável pelo caso esclareceu que as vítimas eram jovens mulheres morenas, geralmente com cabelos cacheados, incluindo uma mulher trans com características semelhantes. Quando questionado sobre outros alvos planejados, Albino admitiu que pretendia realizar novos planejamentos e execuções. A polícia agora considera reabrir investigações sobre homicídios ocorridos em 2019 e 2020 que possam estar relacionados ao suspeito.
Perfil aberto no Instagram, facilitou ação do assassino
Uma das linhas de investigação, demonstram que Albino utilizou a rede social Instagram, para buscar o perfil de vítimas. As vítimas, tinham perfil aberto e divulgavam inclusive diariamente, suas atividades diárias, o que facilitou ainda mais, a ação do serial killer alagoano, que a partir do momento da escolha da próxima vítima, acompanhava seus passos, na rede social.
Confira outros perigos, de manter uma rede social aberta
Exposição de Informações Pessoais: Perfis abertos permitem que qualquer pessoa visualize fotos, vídeos e informações pessoais, o que pode ser explorado por indivíduos mal-intencionados. Isso facilita o trabalho de stalkers ou criminosos, que podem usar essas informações para identificar e localizar vítimas
Fácil Acesso para Criminosos: Ao ter um perfil público, detalhes como localização, hábitos e interações sociais ficam expostos. Isso foi crucial no caso do assassino em Alagoas, que monitorava suas vítimas através das redes sociais, utilizando essas informações para planejar seus ataques
Aumento do Risco de Stalking: Com um perfil aberto, a probabilidade de ser alvo de stalkers aumenta consideravelmente. Esses indivíduos podem seguir as atividades da pessoa, saber onde ela está e até mesmo se aproximar fisicamente sem ser notado
Vulnerabilidade a Golpes e Fraudes: Perfis públicos são mais suscetíveis a ataques de phishing e outras fraudes online. Criminosos podem se passar por amigos ou conhecidos para enganar os usuários e obter informações sensíveis
Dificuldade em Controlar a Privacidade: Uma vez que as informações estão disponíveis publicamente, é difícil controlar quem tem acesso a elas. Isso pode levar à disseminação indesejada de dados pessoais e à possibilidade de uso indevido por terceiros.