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Sessão na Câmara de Urussanga é marcada por cobranças

Vereadores abordam desde lajotas soltas e reciclagem a polêmicas na saúde e segurança pública

Por: Mauro Paes Corrêa
01/10/2025 às 08h34 Atualizada em 01/10/2025 às 08h46
Sessão na Câmara de Urussanga é marcada por cobranças
Foto: ASCOM/CAMARA

A 34ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Urussanga, realizada na noite de terça-feira, 30 de setembro, foi palco de intensos debates e cobranças direcionadas ao Executivo. Os vereadores utilizaram a tribuna para expor problemas em áreas cruciais como infraestrutura, saúde, educação e meio ambiente, além de relembrar momentos marcantes da história da cidade.

Infraestrutura no Centro das Críticas

A manutenção urbana foi um dos temas mais recorrentes. A vereadora Izolete Duarte Vieira (PP/UP) trouxe um relato contundente sobre os perigos das calçadas e lajotas soltas no centro e nos bairros. Ela citou o caso de uma amiga que sofreu uma queda e fraturou o antebraço devido à má conservação. "Quem anda de cadeira de rodas enfrenta grandes dificuldades. Tem calçada, depois um pedaço só com areia", apontou, cobrando providências urgentes tanto do poder público quanto dos proprietários de imóveis.

A preocupação com a segurança viária foi levantada pela vereadora Terezinha Zanatta (PSD), que alertou para a falta de sinalização na rodovia estadual Genésio Mazon, no trecho entre Urussanga e Morro da Fumaça. “À noite, com chuva e buracos, a situação é perigosa”, destacou.

No âmbito esportivo, o vereador Erotides Borges Filho (UB/UP) reiterou o pedido de melhorias no Campinho do Bela Vista, que segue sem traves e redes, apesar de requerimentos anteriores. Terezinha Zanatta também solicitou mais vigilância no Ginásio Centenário para coibir o consumo de bebidas e o descarte de cacos de vidro, que colocam em risco as crianças que frequentam o parquinho local.

 

Saúde e Educação: Entre Elogios e Cobranças

 

Na área da educação, a instalação de câmeras de videomonitoramento nos ônibus escolares foi elogiada por Terezinha Zanatta como uma medida que amplia a segurança de alunos e motoristas. Contudo, Erotides Borges Filho cobrou uma solução para as horas-atividade dos professores da educação infantil, que, segundo ele, trabalham em média dez horas a mais por mês sem uma definição sobre a compensação. “A valorização dos professores e servidores da saúde deve ser tratada com a mesma prioridade que obras de pavimentação”, afirmou.

A saúde também gerou debates. Enquanto Erotides criticou a demora na definição do Plano de Incentivo ao Componente de Qualidade da Saúde, o vereador José Carlos José (PP/UP) usou seu tempo para manifestar solidariedade a cinco enfermeiras recentemente absolvidas pela Justiça em um processo sobre o manuseio de vacinas contra a Covid-19. "Essas pessoas que denunciaram vão hoje nos meios de comunicação dizer que elas são inocentes? Elas tiveram bens bloqueados e sofreram constrangimento", criticou, defendendo a criação de mecanismos para punir denúncias infundadas.

Meio Ambiente e Segurança Pública

A vereadora Terezinha Zanatta dedicou parte de seu discurso ao meio ambiente, revelando que Urussanga recicla apenas 9% do lixo coletado. “O caminhão passa, mas a maioria ainda não tira aqueles cinco, dez minutinhos para separar o lixo”, lamentou, pedindo maior conscientização da população.

A segurança nos bairros foi abordada por Erotides Borges Filho, que repercutiu debates do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) sobre furtos e perturbação do sossego. Em um momento de emoção, o vereador José Carlos relembrou o trágico assalto à agência do Bradesco, ocorrido há exatos 40 anos, em 30 de setembro de 1984, que resultou na morte de dois vigilantes.

Ao final da sessão, os vereadores reforçaram seus papéis de fiscalizadores, destacando que as cobranças visam garantir que as demandas da comunidade não caiam no esquecimento e que melhorias efetivas cheguem a todos os cantos do município.