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Entrevista com Rafael Colombo, candidato do PL nas eleições de outubro

Colombo, inaugura a série de entrevistas, sobre a campanha de 2024

29/10/2024 às 17h59 Atualizada em 29/10/2024 às 18h10
Por: Mauro Paes Corrêa
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Foto: Facebook/PB
Foto: Facebook/PB

       Rafael Colombo, foi candidato do PL nas eleições municipais de 2024 em Urussanga e é o nosso primeiro entrevistado na série de entrevistas que estamos fazendo com os candidatos ao executivo da Benedetta.

           Colombo é servidor público, atuando como advogado e, além de Rodolfo Della Bruna (PSDB), foi apontado como um dos outsiders da campanha eleitoral. Exatamente há um ano atrás, o então candidato era um desconhecido da política urussanguense e fez, em outubro, 3.565 votos, conquistando 28,13% do eleitorado.

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          A vencedora, Stela Talamini (MDB), sagrou-se vitoriosa com 4.071 votos, 32,13% dos votos válidos. Uma disputa que trouxe uma vantagem de 506 votos para a futura prefeita.

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           Confira a entrevista com Rafael Colombo, inaugurando nossa sequência de entrevistas.

Mauro: Rafael, na sua avaliação, como foi o resultado da campanha para o PL nessas eleições de 2024?

Rafael: Aqui em Urussanga, a campanha, embora não tenha tido êxito em relação à vitória, foi excelente por vários aspectos. Primeiro, porque o PL é um partido que chegou recentemente na cidade, com um ano de fundação. Tanto o partido quanto o candidato são atores novos nessa cena política do município. Partindo desse princípio e analisando somente o resultado final, diríamos que foi uma campanha de êxito. Repito, apesar de não termos conseguido a eleição, mas por todos esses aspectos, pela construção do partido, pelas pessoas que vieram somando ao longo da caminhada, pelas comunidades ouvidas, pelo plano de governo construído com base nos depoimentos das pessoas, das necessidades das pessoas, consideramos que a campanha foi coroada de êxito. O PL não sai perdedor. Pelo contrário, o PL sai vitorioso dessas eleições por todos esses aspectos, a julgar também mais dois pontos extremamente importantes a serem citados. O primeiro, o curto período de campanha. Foram 50 dias de campanha. E o segundo é que, para majoritária, se desdobrou em seis candidaturas. Então, sabemos das dificuldades. Obviamente, os partidos mais tradicionais da cidade teriam, em tese, uma vantagem. Tendo por base esse cenário, então o PL veio construindo aos poucos de baixo e alcançando os 3.565 votos, o que, convenhamos, é um capital político bastante grande para a atual situação, para a situação eleitoral que se desenhou em Urussanga.

Mauro: Pela primeira vez aqui em Urussanga, nós não observamos uma vitória expressiva nas urnas da próxima prefeita de Urussanga. Nós sabemos que a soma dos votos teve aproximadamente 60% dos votos. Diante desse resultado, como vai ser o comportamento do PL na próxima gestão, a partir de 2025?

Rafael: O PL obviamente vai fazer uma oposição ao atual governo, mas uma oposição consciente. Uma oposição construindo o que ele entende que seja o melhor projeto para a cidade. Efetivamente, o PL não vai fazer uma oposição destrutiva em que a cidade perde, mas sim vai fazer uma oposição visando sempre o bem da cidade, que era o que nós faríamos se nós fôssemos governo. Então, sempre olhando para frente, olhando para o que o município efetivamente precisa e, acima de tudo, pontuando, fazendo a crítica construtiva que esse é o nosso papel de momento.

Mauro: O senhor vai continuar na vida pública? Tem planos para o futuro? Como está o planejamento a partir de 2025?

Rafael: É mais importante que o candidato Colombo, é a construção do partido e o fortalecimento do partido. Nós, como falamos anteriormente, observamos que muitas pessoas vieram somando nessa caminhada que culminou com a votação expressiva que nós tivemos no dia 6 de outubro. Essas pessoas, mais que o voto, depositaram confiança tanto na sigla PL, no partido, no 22, como nas propostas do Colombo, como nas construções do Colombo e do próprio partido. Então, é acima de tudo, para honrar essas pessoas, para justificar o voto que essas pessoas depositaram no Colombo e no PL. A gente continua à disposição, sem dúvida nenhuma. Participando da vida pública do município, seja fazendo uma oposição consciente, construtiva, seja participando do que a gente já participava, seja trabalhando e nos círculos sociais da cidade. É assim que nós vamos continuar sempre visando o bem e a construção de Urussanga.

Mauro: O senhor tinha, antes do início da eleição, uma aspiração política ou foi uma constatação própria do partido, da capacidade do candidato em ter participado dessa eleição?

Rafael: Foi uma junção de fatores. O Colombo, de início, era pré-candidato a vereador. Então a aspiração política se limitava a pleitear um cargo no Legislativo. Por quê? Porque nós entendíamos que, nesse primeiro momento, o partido precisava se fortalecer e se inserir por todo o cenário político conturbado que houve em Urussanga. O PL, em princípio, seria a vice do PSD. Essa composição acabou não dando certo. Todos nós sabemos o motivo e o partido optou por uma candidatura própria. Então, dentre os nomes que estavam postos, entenderam o Colombo com perfil necessário para encampar essa caminhada, ou seja, o PL. Como nós falávamos diuturnamente na campanha. Buscou-se um perfil técnico, buscou um perfil apolítico, ou seja, que não colocava a política no primeiro plano e assim entendeu que o nosso nome era o nome ideal para concorrer ao pleito. E assim fizemos. Fizemos uma caminhada bonita, uma caminhada construtiva, uma caminhada de propostas, uma caminhada honesta e uma caminhada limpa. Então o PL, o Colombo, tenho certeza, sai dessa caminhada, sai desse pleito, senão vitorioso nas urnas, mas com um capital político expressivo e com acima de tudo credibilidade, que é o que importa.

Mauro: Nós temos observado pelas últimas notícias e também pelas ações do próprio governador Jorginho, que ele busca trazer uma grande coalizão para dentro do seu governo. Hoje o Jorginho tem com MDB e o próprio PP, uma aproximação bastante crescente. O que podemos esperar para os próximos embates políticos já em 2026?

Rafael: Nós sabemos do cenário eleitoral a nível de Estado. Nós sabemos das composições que o governador vem encampando com vistas à reeleição. E, obviamente, nós sabemos que em quase nenhuma ocasião se descarta apoio político. E com certeza é nessa linha que o governador vem pensando. E é nessa linha que o PL vem pensando. É fazer o maior número de governadores, o maior número de prefeituras, para efetivamente imprimir o jeito PL de governar, que é isso que nós buscamos aqui no sangue. O governador está buscando também a nível estadual.

Mauro: Como o partido saiu fortalecido de todas as formas desta eleição, esta força poderá ser traduzida como já a partir de 2025, principalmente na resolução dos pleitos da comunidade, como por exemplo, a Rodovia dos Mineiros, a própria revitalização e definitiva SC-108. Quais são as movimentações que o partido aqui de Urussanga vai buscar fazer já no início de 2025, em relação aos pleitos no governo do Estado?

Rafael: O que eu falei de início eu reafirmo, aqui o PL não por ser oposição, vai deixar de atender e buscar resolver os pleitos da comunidade, mesmo não sendo governo. Nós temos dois vereadores, a Meri Mafra e o Ivan Vieira. São os nossos representantes no Legislativo e eles, em conjunto com a executiva do partido, em conjunto com os deputados da região, em conjunto com toda a bancada do PL, certamente buscarão os recursos e não medirão esforços. Nós estamos fazendo parte da comissão de um grupo de aplicativo da comunidade de Rio Carvão e Santana que visa efetivamente tirar do papel a pavimentação da Rodovia dos Mineiros. Inclusive, tivemos uma reunião agora há pouco com o deputado Jessé Lopes em uma reunião bastante representativa com moradores daquelas localidades, com o deputado Jessé, com representantes de todos os partidos aqui de Urussanga que visam justamente isso olhar para um objetivo único, para um caminho único, que é a pavimentação da Rodovia dos Mineiros, sem descuidar das obras de mobilidade que Urussanga tanto necessita. Assim como nós falávamos na campanha, eu reafirmo, Urussanga não vai tirar do papel, ou ter as obras necessárias de mobilidade, sem buscar recursos nas esferas estaduais e federais. E o PL assim vai trabalhar, independente de ser governo ou não.

Mauro: Em relação à própria executiva do partido, como o senhor saiu muito fortalecido dessas eleições, o senhor está fazendo um papel muito mais atuante na executiva? Como está sendo o seu trabalho na executiva do PL agora?

Rafael: O nosso primeiro encontro pós-eleição se dará amanhã (30). Então, a partir dessa reunião que nós teremos amanhã, serão discutidos os novos rumos do PL a partir de 2025. Acho que é natural que haja uma reformulação na executiva. É natural que algumas pessoas entendam que têm espaço na executiva. Eventualmente, alguns dos membros que aí estão podem ceder lugar, podem continuar. Então é uma construção democrática. O PL trabalha naturalmente pelo desempenho na campanha e por termos sido cabeça de chapa na condição de candidatos a prefeito, é natural que eventualmente a gente venha a ocupar um papel na executiva do partido a partir de 2025.

Mauro: Para finalizar: Na sua opinião, qual foi o maior aprendizado dessas últimas eleições?

Rafael: O aprendizado, eu confesso, foi ouvir o povo, porque por profissão, nós trabalhamos efetivamente de forma muito técnica. Ou seja, eu, na condição de advogado, trabalhamos estritamente, essencialmente no que é jurídico. A partir do momento em que a gente tem o contato com o povo, que a gente começa a ouvir as demandas do povo das comunidades de Urussanga, que não são poucas, a gente começa a entender efetivamente qual é o contexto em que nós estamos inseridos. E a partir daí eu digo mais, surge a vontade de fazer ainda mais, de construir, de trabalhar para o povo e pelo povo. É para isso que nós nos colocamos à disposição. Nós temos uma carreira, nós temos uma vida profissional consolidada e nós buscamos na política uma realização diferente daquela da nossa vida profissional. Nós buscamos uma realização de atividades que venham a trazer benefício para o povo, para a comunidade. Isso nós temos na nossa profissão, no nosso dia a dia. Quando nós nos colocamos à disposição para sermos candidatos a prefeito da cidade, nós viemos com um único objetivo, que é de ajudar a cidade, de fazer a cidade progredir, de tirar a cidade da estagnação que já está há anos. Essa foi a nossa proposta e efetivamente vai continuar sendo.

Mauro: Quero agradecer a presença na nossa redação. Muito obrigado!

Rafael: À disposição.