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Brasileiros entre os envolvidos na fraude de obtenção de cidadania

Falsas declarações de residência, em troca de três mil euros

11/10/2024 às 07h17 Atualizada em 11/10/2024 às 07h32
Por: Mauro Paes Corrêa
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Foto: Tripadvisor/PB
Foto: Tripadvisor/PB

     O Jornal Tribuna de Treviso, da Itália, noticiou com exclusividade a investigação em Crocetta del Montello, envolvendo a obtenção de cidadania para 160 brasileiros, o que motivou uma investigação do Ministério Público de Treviso, envolvendo inclusive policiais da localidade, através da operação Guarda di Finanza.

     Como funcionava o esquema?

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     Os brasileiros contratavam os serviços de obtenção de cidadania e pagavam por eles, três mil euros. Em troca, a organização criminosa orientava os clientes, em sua maioria, brasileiros, sobre as documentações e produziam também, falsas declarações de residência, afim de garantir a obtenção da cidadania. 

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     Da mesma forma, os mesmos locais, após serem desocupados pelos brasileiros, eram ocupados por outros, mantendo um ciclo contínuo do processo de agenciamento e falsificação de documentos.

      Governo italiano quer endurecer regras

    As denúncias de fraudes na obtenção de cidadania, bem como o excesso de solicitações nas diferentes comunas italianas, motiva o governo italiano a agilizar o projeto de lei DDL (Disegno di legge) 752, com as seguintes mudanças:

  • Limite de geração: A cidadania italiana só será concedida até a terceira geração de descendentes diretos. 
     
  • Proficiência em italiano: Para os descendentes além da terceira geração, será necessário comprovar um nível intermediário de conhecimento da língua italiana. 
     
  • Residência na Itália: Para os descendentes além da terceira geração, será necessário residir na Itália por pelo menos um ano antes de realizar o pedido de cidadania.