Política Carlos Bolsonaro
Rejeição a Carlos Bolsonaro pode contaminar campanha de Jorginho
Pré-candidatura do filho de Bolsonaro divide direita catarinense
28/10/2025 10h56 Atualizada há 7 dias
Por: Mauro Paes Corrêa
Foto: Wikipedia/PB

   A escolha inicial do PL, de ter dois candidatos ao Senado, com Carlos Bolsonaro e Carol de Toni, quanto a escolha do vereador carioca, enfrenta rejeição no Estado de Santa Catarina, principalmente pelo discurso dos catarinenses, em diversos posts nas redes sociais, de que o vereador não vive em Santa Catarina, não conhece a realidade do Estado e principalmente, não parece ser um vereador atuante no Rio de Janeiro.

  A imposição de Carlos Bolsonaro, como pré-candidato, tem dividido eleitores catarinenses. Ao passo em que o nome de Carol de Toni tem uma boa aceitação, o de Carlos, pode contaminar a campanha de Jorginho e inclusive, segundo quem acompanha muito bem a política catarinense, hoje o cenário favorece Jorginho como provável reeleito em primeiro turno, mas a rejeição ao vereador carioca, pode forçar um segundo turno, com outro oponente, como o pré-candidato João Rodrigues (PSD), que representa a centro-direita, e em seus últimos discursos, vem pregando um tom conciliatório, fazendo com o que o prefeito de Chapecó, aos poucos, ganhe destaque como articulador político, ao lado de figuras como Júlio Garcia. 

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 Santa Catarina, ao menos nos últimos 20 anos, votou forte em representantes da direita, e é considerado um dos estados mais bolsonaristas do Brasil. Os valores que Bolsonaro trouxe durante sua passagem pela presidência, como diminuição do Estado enquanto máquina, privatizações, diminuição de auxílios sociais e precarização dos direitos dos servidores públicos, foram pautas abraçadas pelos catarinenses, sendo que parte significativa dos barriga-verdes, votaria em qualquer candidato apresentado pelo ex-presidente.

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 Mas, dentro de um provável cenário de 30% de eleitores que podem decidir tanto uma vaga para o Senado ,quanto um eventual segundo turno em terras catarinenses, são baseados no voto silencioso, ou voto envergonhado, inclusive da esquerda , que em eventual derrota do candidato do PT já no primeiro turno, vai preferir votar num candidato, que mesmo sendo não sendo de esquerda e não queira o apoio desta ala ideológica, que derrote Jorginho, que é visto por muitos, como um candidato da extrema-direita.

  Ainda que as eleições de 2026 seja um cenário distante, as movimentações que definirão as candidaturas e coligações, começam a ser costuradas, ainda que timidamente, no final de 2025.