A escolha inicial do PL, de ter dois candidatos ao Senado, com Carlos Bolsonaro e Carol de Toni, quanto a escolha do vereador carioca, enfrenta rejeição no Estado de Santa Catarina, principalmente pelo discurso dos catarinenses, em diversos posts nas redes sociais, de que o vereador não vive em Santa Catarina, não conhece a realidade do Estado e principalmente, não parece ser um vereador atuante no Rio de Janeiro.
A imposição de Carlos Bolsonaro, como pré-candidato, tem dividido eleitores catarinenses. Ao passo em que o nome de Carol de Toni tem uma boa aceitação, o de Carlos, pode contaminar a campanha de Jorginho e inclusive, segundo quem acompanha muito bem a política catarinense, hoje o cenário favorece Jorginho como provável reeleito em primeiro turno, mas a rejeição ao vereador carioca, pode forçar um segundo turno, com outro oponente, como o pré-candidato João Rodrigues (PSD), que representa a centro-direita, e em seus últimos discursos, vem pregando um tom conciliatório, fazendo com o que o prefeito de Chapecó, aos poucos, ganhe destaque como articulador político, ao lado de figuras como Júlio Garcia.
Santa Catarina, ao menos nos últimos 20 anos, votou forte em representantes da direita, e é considerado um dos estados mais bolsonaristas do Brasil. Os valores que Bolsonaro trouxe durante sua passagem pela presidência, como diminuição do Estado enquanto máquina, privatizações, diminuição de auxílios sociais e precarização dos direitos dos servidores públicos, foram pautas abraçadas pelos catarinenses, sendo que parte significativa dos barriga-verdes, votaria em qualquer candidato apresentado pelo ex-presidente.
Mas, dentro de um provável cenário de 30% de eleitores que podem decidir tanto uma vaga para o Senado ,quanto um eventual segundo turno em terras catarinenses, são baseados no voto silencioso, ou voto envergonhado, inclusive da esquerda , que em eventual derrota do candidato do PT já no primeiro turno, vai preferir votar num candidato, que mesmo sendo não sendo de esquerda e não queira o apoio desta ala ideológica, que derrote Jorginho, que é visto por muitos, como um candidato da extrema-direita.
Ainda que as eleições de 2026 seja um cenário distante, as movimentações que definirão as candidaturas e coligações, começam a ser costuradas, ainda que timidamente, no final de 2025.