Tecnologia TigerOS
Um Linux brasileiro na trilha do Kurumin
TigerOS é totalmente em português e gratuito
28/10/2025 09h45
Por: Mauro Paes Corrêa
Foto: TigerOS/Divulgação

O cenário Linux no Brasil sempre teve um espaço especial para distribuições "feitas em casa", e o TigerOS surge exatamente nessa veia. Ele se posiciona como um sistema operacional brasileiro robusto, mirando tanto o usuário comum (residencial) quanto o mercado corporativo (empresarial).

Para não reinventar a roda, o TigerOS joga seguro e constrói sua base sobre dois dos nomes mais sólidos do mundo Linux: Ubuntu e Linux Mint. Isso garante ao usuário final uma experiência estável, familiar e com acesso a um vasto repositório de softwares.

Continua após a publicidade

Pronto para o uso imediato

Continua após a publicidade

Um dos focos claros do TigerOS é a experiência "fora da caixa". Ele já vem equipado com as ferramentas básicas que um usuário comum precisa para o dia a dia, incluindo a suíte de escritório OnlyOffice — garantindo que você possa trabalhar com documentos, planilhas e apresentações sem instalações extras.

Para facilitar a adoção e o aprendizado, o projeto também disponibiliza vídeos de treinamento diretamente em sua página inicial, https://tigeros.com.br

Resgatando o legado de dois mundos

A missão do TigerOS parece ser a de preencher o vácuo deixado não por um, mas por dois grandes nomes do passado:

  1. O Lado Kurumin: A parte mais nostálgica é a tentativa de suprir a lacuna deixada pelo lendário Kurumin Linux, de Carlos Morimoto. O Kurumin foi, para muitos, a porta de entrada para o Linux, famoso por sua facilidade de uso e reconhecimento "mágico" de hardware. O TigerOS resgata esse espírito de um sistema acessível e pronto para o usuário doméstico.

  2. O Lado Conectiva: Por outro lado, ao focar no mercado empresarial e oferecer planos de suporte técnico pago, o TigerOS ataca uma frente que foi desbravada pelo Conectiva Linux. O Conectiva foi o pioneiro em provar que o Linux era uma solução séria, robusta e comercialmente viável para empresas e servidores no Brasil.

Dessa forma, o TigerOS tenta ser um herdeiro híbrido: buscando a simplicidade para o desktop que consagrou o Kurumin, ao mesmo tempo que adota o modelo de negócios profissional que fez do Conectiva um gigante corporativo em sua época.