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Brechó Reuze leva bons preços e elegância no mercado de segunda mão
Empreendimento possui preços diferenciados
22/10/2025 10h55 Atualizada há 2 semanas
Por: Mauro Paes Corrêa
Foto: Mauro Paes Corrêa/PB

  As empreendedoras Fátima e Marli, têm muita historia para contar sobre o empreendedorismo, quando o assunto é Brechó. Em 2005, onde está atualmente o Restrito Bar, elas fundaram o primeiro brechó da cidade, com uma ideia inovadora na cidade de Urussanga, que era trazer as melhores opções em roupas de segunda mão, e conquistar o mercado da cidade.

  A realidade, que era bem diferente do cenário atual, e o negócio fechando alguns anos depois, trouxe experiência para Fátima, que em 2025, resolveu novamente apostar no segmento, inaugurando o Brechó Reuze, na Avenida Presidente Vargas, ao lado da Floricultura Rosa de Saron, e contando com amplo catálogo de roupas, que podem ser adquiridas a partir de cinco reais, e há desconto nas peças por volume. Os vestidos, possuem preços diferenciados, e a coleção é renovada constantemente.

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  Neste novo momento, Marli é uma assessora de Fátima no empreendimento, e segundo elas, o mercado mudou muito, pois o brechó, além de trazer diversas opções para o consumidor, acaba agregando indiretamente a preocupação com a natureza, com a reutilização das roupas e acessórios ,além de contribuir com a economia local.

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 O Brechó Reuze funciona no horário comercial, inclusive de portas abertas nos Sábados+, organizados pela CDL.

 Brechó como participante da economia circular

 Em um mundo onde a moda rápida (ou fast fashion) ditou por décadas um ritmo frenético de "comprar, usar e descartar", um modelo de negócio tradicional ressurge com força total, mas agora sob uma nova bandeira: a da sustentabilidade. Os brechós, antes vistos por alguns como depósitos de roupas velhas, são hoje protagonistas de um movimento global chamado economia circular.

 A lógica é simples, mas revolucionária. Diferente da economia linear, baseada na extração de matéria-prima, produção, uso e descarte, a economia circular propõe um ciclo contínuo. O objetivo é manter produtos e materiais em uso pelo maior tempo possível, eliminando o conceito de "lixo".

 É exatamente aí que o brechó brilha.

 Quando uma peça de roupa é vendida a um brechó, ela escapa do destino provável do aterro sanitário. Segundo dados da ONU, a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, responsável por um enorme consumo de água, emissão de carbono e descarte de toneladas de tecidos anualmente.

 O brechó atua diretamente contra esse desperdício. Ele é o pilar do "R" de "Reutilizar". Ao comprar uma peça de segunda mão, o consumidor não apenas adquire um item com história e, muitas vezes, qualidade superior à das peças descartáveis, mas também prolonga drasticamente a vida útil daquele produto, conceito este que auxiliou na escolha do nome do empreendimento de Urussanga, a Reuze.

Cada calça jeans ou vestido que ganha um novo dono em um brechó é uma peça a menos que precisou ser fabricada do zero, afirmam especialistas. Isso significa economia direta de água, energia e matérias-primas, além de reduzir a poluição gerada no processo de fabricação e descarte.

Para os consumidores, os benefícios vão além do preço mais acessível. Há uma crescente conscientização, especialmente entre as gerações mais jovens, de que suas escolhas de consumo têm impacto real. O brechó oferece a oportunidade de ter um guarda-roupa estiloso e rotativo sem carregar a culpa ambiental.

Portanto, o ato de garimpar em um brechó deixou de ser apenas sobre encontrar uma peça vintage ou economizar. Transformou-se em um ato político e ambiental; uma forma prática e acessível de participar ativamente da economia circular, provando que a moda pode, sim, ser cíclica, consciente e inteligente.