Automóveis Sidecar
Sidecar é o meio termo entre entre carros e motos
Veículo de três rodas não é popular no Brasil
11/10/2025 10h09
Por: Mauro Paes Corrêa
Foto: Mauro Paes Corrêa/PB

   Na Índia, os populares Tuk Tuk, veículos de três rodas, eletrizados ou elétricos ,são utilizados de forma constante para o transporte de produtos e de pessoas, com preço acessível e boa autonomia, além da baixa manutenção, mas que não são populares no Brasil, tanto pelo desinteresse do brasileiro, quanto pela legislação.

    Mas, o sidecar, está no Brasil praticamente desde a sua invenção, principalmente no pós-guerra , a partir de 1945, a entrada destes veículos de três rodas, que comportam até três pessoas , que originalmente eram importados e a partir da década de 70, começaram a ser produzidos no país, tornaram-se uma opção simplificada do Tuk Tuk, uma vez que não possuem proteção contra chuva, e simulam uma sensação de viagem similar a de uma motocicleta.

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    Afinal, no sidecar, é a motocicleta que recebe um dispositivo adicional, que permite a possibilidade de um novo passageiro, ou local para colocação de produtos, que o faz ser tão prático. No Brasil, o sidecar é mais utilizado por entregadores de água, gás e até mesmo na profissão mais popular do momento, o de entrega de mercadorias de market places.

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    Mas, além do mercado comercial, o sidecar não encontrou uma aceitação como veículo de passeio, tanto pela resistência de quem pilota motocicletas ,em adaptar-se a um novo estilo de pilotagem, quanto pelas eventuais manutenções adicionais, pois o sidecar gasta mais pneus e um pouco mais de combustível, na comparação com a motocicleta sem o side.

     Além disso, no Brasil, o estilo de pilotar está direcionado às motocicletas, uma vez que usar um veículo de duas rodas , de fácil utilização, representa um autêntico modelo de liberdade de movimentos. Porém, o sidecar oferece a mesma experiência, inclusive diferenciada para o passageiro, que vai confortavelmente bem instalado no side. Além disso, podem haver mimos adicionais, como um sistema de som, geladeira, bagageiro, e demais opções que variam de acordo com a fabricante do sidecar.

   Em muitas cidades, o emplacamento desses veículos é tão baixo, que variam entre 1 a 3, e muitas vezes, nas pequenas cidade, seu uso exclusivo é comercial. Quem pilota, depois de fazer a adaptação do estilo de pilotar, elogia a praticidade. "É mais fácil entregar produtos, como a água, pois não precisamos entrar e sair de um carro apenas para pegar o item", explica um trabalhador do segmento, em Urussanga.

   Qual o custo em ter um sidecar? 

   As fábricas trabalham de duas formas: a venda de um sidecar acoplado a motocicleta, como um único conjunto, normalmente 0km, ou por encomenda. O cliente leva a motocicleta até a fábrica, e eles fazem a adequação, como alterações básicas no quadro, para encaixe, a retirada do tripé ,e outras alterações adicionais se necessário.

   Os valores de compra e instalação variam, mas é possível encontrar o item e o serviço de instalação, à partir de sete mil reais ,em algumas fabricantes. Além disso, o fabricante orienta o cliente sobre a necessidade de fazer a adequação da documentação, uma vez que a categoria é diferente.

   Em relação a IPVA e outras taxas, os valores são um pouco acima de uma motocicleta comum, mas quem utiliza um sidecar afirma que rapidamente, o custo é absorvido. Grande parte das motocicletas ,fazem uma média de 30 a 35km/l com um litro de gasolina, o que permite aumentar a lucratividade, ou menor despesa nas viagens.