Em uma reviravolta do destino, o astro pop Michael Jackson escapou por pouco de estar nas Torres Gêmeas durante os ataques de 11 de setembro de 2001. O cantor tinha uma reunião de negócios agendada em um dos prédios do World Trade Center na manhã do atentado.
No entanto, na noite anterior, em 10 de setembro, Jackson ficou até tarde conversando com sua mãe, Katherine Jackson. A longa conversa fez com que o artista perdesse a hora na manhã seguinte e, consequentemente, a reunião que poderia ter colocado sua vida em risco.
A informação foi confirmada por seu irmão, Jermaine Jackson, em sua biografia "You Are Not Alone: Michael: Through a Brother's Eyes". Segundo o relato, a família só soube do compromisso de Michael quando sua mãe ligou para o hotel para saber se ele estava bem após as notícias do ataque. Ao telefone, Michael teria dito a ela: "Mãe, estou bem, graças a você. Você me fez ficar conversando até tão tarde que eu dormi demais e perdi minha reunião".
Na manhã de terça-feira, 11 de setembro de 2001, 19 terroristas associados ao grupo extremista islâmico Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros nos Estados Unidos. Eles usaram as aeronaves como mísseis para atacar alvos simbólicos do poder econômico, militar e político dos EUA.
Os ataques ocorreram em uma sequência coordenada e chocante:
08:46 (horário local): O Voo 11 da American Airlines, que havia decolado de Boston, foi o primeiro a atingir seu alvo, colidindo com a Torre Norte do complexo World Trade Center (WTC) em Nova York.
09:03: O Voo 175 da United Airlines, também vindo de Boston, chocou-se contra a Torre Sul do World Trade Center. O impacto foi transmitido ao vivo por emissoras de todo o mundo, que já cobriam o primeiro incidente. O mundo assistiu, chocado, à percepção de que não se tratava de um acidente, mas de um ataque deliberado.
09:37: O Voo 77 da American Airlines, que partiu de Washington, D.C., atingiu o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Arlington, Virgínia. A colisão causou um colapso parcial da estrutura do prédio.
10:03: O Voo 93 da United Airlines, que decolou de Newark, caiu em um campo aberto perto de Shanksville, Pensilvânia. Investigações posteriores, baseadas em gravações da caixa-preta e telefonemas dos passageiros, revelaram que os passageiros e a tripulação reagiram e lutaram contra os sequestradores. Acredita-se que o alvo original deste voo era outro local icônico em Washington, D.C., como o Capitólio ou a Casa Branca. A heroica reação dos passageiros impediu que os terroristas completassem sua missão.
Colapso das Torres Gêmeas: O fogo intenso, causado pela queima do combustível dos aviões, enfraqueceu a estrutura de aço das torres do World Trade Center. A Torre Sul (WTC 2) desabou às 09:59, seguida pela Torre Norte (WTC 1) às 10:28. O colapso gerou uma nuvem gigante de poeira e detritos que cobriu a parte sul de Manhattan.
Vítimas: Os ataques resultaram na morte de 2.977 pessoas (excluindo os 19 terroristas). As vítimas incluíam passageiros e tripulantes dos quatro voos, trabalhadores e visitantes das Torres Gêmeas e do Pentágono, além de 412 socorristas (bombeiros, policiais e paramédicos) que morreram tentando resgatar as pessoas.
Os ataques de 11 de setembro mudaram o mundo de várias maneiras:
Guerra ao Terror: Em resposta direta aos ataques, o então presidente dos EUA, George W. Bush, declarou a "Guerra ao Terror". O primeiro alvo foi o Afeganistão, cujo regime do Talibã dava abrigo à Al-Qaeda e ao seu líder, Osama bin Laden. A invasão americana começou em outubro de 2001.
Invasão do Iraque: Em 2003, os EUA lideraram uma coalizão que invadiu o Iraque, sob a controversa alegação de que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa e tinha ligações com a Al-Qaeda (ligações que nunca foram comprovadas).
Segurança Global: A segurança em aeroportos foi drasticamente reforçada em todo o mundo, com novos procedimentos de triagem, restrições a líquidos e objetos na bagagem de mão e maior vigilância.
Legislação e Vigilância: Nos EUA, foi aprovado o "Ato Patriota" (Patriot Act), uma lei que expandiu os poderes de vigilância das agências de inteligência sobre cidadãos americanos e estrangeiros, gerando intensos debates sobre privacidade e direitos civis.
Impacto Cultural e Psicológico: O 11 de setembro deixou uma cicatriz profunda na psique americana e global, alimentando um sentimento de vulnerabilidade e medo, além de ter fomentado a islamofobia em muitos países.
O local onde ficavam as Torres Gêmeas em Nova York é hoje conhecido como "Ground Zero" e abriga o National September 11 Memorial & Museum, um memorial com duas piscinas no lugar exato das torres, com os nomes de todas as vítimas gravados em suas bordas, além de um museu que preserva a memória do evento.