A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu, nesta semana, o inquérito que investigava o trágico acidente com um balão aerostático que resultou na morte de oito pessoas em Praia Grande, no Sul do estado. Após uma apuração detalhada, que envolveu dezenas de depoimentos e laudos periciais, a investigação foi encerrada sem o indiciamento de nenhum responsável.

O acidente, ocorrido em 21 de junho de 2025, deixou também treze sobreviventes. Segundo o delegado Rafael de Chiara, que conduziu o caso, a perícia determinou que o incêndio começou quando uma chama atingiu a capa de proteção de um dos cilindros de gás propano, gerando um fenômeno de "gotejamento flamejante" que alastrou o fogo em segundos.

Apesar da causa técnica ter sido identificada, a investigação não conseguiu comprovar uma ação humana, dolosa (intencional) ou culposa (sem intenção), que tenha dado início à chama. Uma peça-chave, o acendedor auxiliar (maçarico), foi encontrada dias após o acidente fora da guarda oficial, o que rompeu a cadeia de custódia e impediu a análise de sua condição no momento do voo.

O relatório final aponta que, sem poder comprovar o uso indevido do equipamento pelo piloto ou por passageiros, não há elementos suficientes para atribuir responsabilidade criminal. O inquérito contou com o apoio de diversas delegacias da região e da Polícia Científica de Santa Catarina.