Em uma típica quarta-feira, onde no local de testes de baliza de uma autoescola, o esperado era neste momento, haver poucos futuros motoristas, fazendo testes de direção. Mas, o setor inicialmente não parece abalado, com constante movimentação,ao menos em Urussanga, no Sul de Santa Catarina.

   A pequena cidade, que possui menos de vinte e uma mil pessoas, tem ao menos duas autoescolas homologadas, tanto para automóveis, motocicletas, quanto para caminhões e ônibus, que requerem treinamentos adicionais e utilizam uma legislação específica em determinadas etapas, para a obtenção da Carteira Nacional de Trânsito, a CNH.

  No local de treinamento, havia mais de quinze pessoas, aguardando a sua vez ,para fazer a prática de baliza, uma das etapas cruciais para a obtenção do direito de dirigir. E, os mais de três mil reais de investimento, que engloba as taxas, aulas de direção, aulas teóricas e demais obrigações, podem ser parcelados em até dez vezes no cartão de crédito, a depender das regras da autoescola.

  O que não assusta os interessados, e aumenta a possibilidade de aos dezoito anos, parte dos jovens buscarem a tão sonhada carteira de motorista, principalmente com a ampliação do crédito nos últimos anos, para os jovens que entram no mercado de trabalho.

 Mesmo que o presidente Lula efetive a desregulamentação do setor, inicialmente as autoescolas sentirão o impacto da queda de clientes de seus serviços, mas de certa forma, o quadro retroagiria a antes de 1998, onde não era obrigatório o interessado, a inscrever-se em uma autoescola para fazer a prova. Bastava demonstrar a prática, e ter a pontuação mínima na prova escrita. 

 Porém, a expectativa em um segundo momento é a de que parte significativa dos futuros motoristas, é quanto a insegurança inicial em conseguir a aprovação na primeira tentativa, o que consome tempo, e uma grande possibilidade de refazer todo o processo. Dentro das autoescolas, o interessado tem todo o suporte técnico, e a facilidade em fazer aulas de direção, inclusive à noite, não apenas preparam o futuro motorista para situações esperadas na prova, mas também no dia-a-dia, onde a direção defensiva, ainda que mínima, executada pelos motoristas, pode salvar vidas e evitar acidentes.