O Brasil enfrenta uma epidemia de violência contra a mulher. Dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelam um cenário devastador: em 2023, o país registrou o maior número de feminicídios desde o início da medição, com 1.463 mulheres mortas, o que representa uma a cada 6 horas. Além disso, mais de 74 mil mulheres foram vítimas de estupro e outras milhares sofrem agressões diárias.
Em resposta a essa grave realidade, a Secretaria de Assistência Social de Urussanga promoveu uma importante iniciativa na Praça Anita Garibaldi nesta semana. O evento teve como foco principal a vulnerabilidade feminina e a criação de um espaço seguro para acolher mulheres que, muitas vezes, guardam dentro de si as marcas de uma violência silenciosa.
A ação contou com a presença de assistentes sociais e psicólogas em um ônibus especialmente adaptado, com salas que garantiam privacidade e dignidade durante o atendimento. O objetivo foi orientar as mulheres sobre seus direitos e os próximos passos a serem dados para denunciar e sair de um ciclo de violência, seja ela doméstica, profissional ou em qualquer outro âmbito.
De forma estratégica, o evento também incluiu a participação do Procon. O órgão distribuiu um livreto sobre os direitos dos consumidores, reconhecendo que a autonomia financeira é uma ferramenta crucial na luta contra a dependência e a violência, especialmente para as mulheres que atuam como chefes de família.
A iniciativa representa um passo fundamental para quebrar o silêncio, oferecendo não apenas orientação, mas também esperança. A expectativa é que ações como esta se tornem mais frequentes, fortalecendo a rede de apoio e proteção às mulheres no município.