Em Urussanga, tirando as ações de uma rádio local, que ajuda a manter um importante museu ao fundador das ondas radiofônicas que são transmitidas pela cidade, há pouco comprometimento efetivo da população, principalmente os fiéis católicos, além da própria Igreja, em tentar dar andamento ao reconhecimento pós-vida, do Monsenhor Agenor Neves Marques, que deixou um legado cultural, de ajuda ao próximo e religioso, amparando praticamente toda a população de Urussanga, uma vez que até os anos 80, 90% dela era de católicos.

    O Monsenhor, fundou um importante orfanato, vindo a salvar três mil crianças, e durante o seu programa de rádio, que perdurou por longos anos, explanou algumas vezes sobre o seu desprendido trabalho de ajudar ao próximo, e como o bom sacerdote frisou em uma de suas transmissões radiofônicas, a de que a sua maior alegria, era a de dar uma nova vida a três mil crianças, e nenhuma delas morrer.

     Feito comparável ao de Santa Paulina, que também trabalhou de forma abnegada pelo próximo, e o reconhecimento dela, em Nova Trento, traz para a cidade, milhares de peregrinos, que pedem e agradecem,a  intercessão da valorosa madre católica. 

      E, para quem imaginava que até então, não havia um milagre atribuido ao Monsenhor Agenor Neves Marques, há sim, uma suposta cura de uma criança, com um sério tumor cerebral, que as vésperas da operação, antes dos exames finais, para orientar os médicos, rezou fervorosamente ao Monsenhor, pedindo ajuda para a pobre criança, que iria sofrer a delicada cirurgia. 

      Para surpresa da equipe médica, da criança , de origem paulista ou paranaense, os exames não detectaram nenhuma doença, e a família, que pouco tempo depois veio a Urussanga, e foi recebida no cemitério, pelo coveiro oficial da cidade, que curioso, questionou o motivo da família ali presente, estar diante do túmulo do Monsenhor, colocando a foto de uma criança. "O Monsenhor salvou a vida da nossa criança", disse uma senhora emocionada, e "soubemos que este homem, um santo para nós, tinha um amor muito grande pelas crianças, e resolvemos orar pela intercessão ao nosso familiar", explicou ao coveiro do principal cemitério da cidade.

       Inclusive, no passado,houve uma tentativa de avançar dentro da própria Igreja Católica, nos passos do reconhecimento do Monsenhor, como bem-aventurado ou até mesmo beato, etapas prévias a uma possível canonização, uma vez que além deste relato há muito tempo ocorrido, são necessárias mais provas para que a Igreja efetivamente, investigue os supostos milagres.

              Mas, agora é o momento, da cidade reunir-se em torno do Monsenhor e efetivamente, trazer à luz da nossa cidade, outros fatos notáveis que reabram o interesse, tanto da população, quanto da Igreja Católica, de dar seguimento ao processo. Interesse esse, que está sendo despertado no coração dos jovens, católicos, e que buscam de alguma forma, seguir os exemplos do Monsenhor Agenor  Neves Marques.