A partir desta segunda-feira, 12 de maio, auditores-fiscais da Receita Federal de todo o país intensificam a greve da categoria, com paralisação prevista até o dia 16 de maio. O movimento ganha força inédita com a adesão de delegados e chefias de unidades, que passam a registrar a greve formalmente na folha de ponto, sendo a  segunda vez na história em que gestores da Receita participam do movimento grevista de forma tão expressiva.

      Entre as principais reivindicações dos auditores-fiscais estão a recomposição salarial, congeladas desde 2019, sendo estimado um reajuste de 30% no salário-base, pagamento integral do bônus de produtividade, que não é pago desde 2023, mesmo após acordo em razão da última greve, e melhorias nas condições de trabalho, além de modificações no sistema de custeio do FUNDAF.

     A greve que iniciará amanhã (12), provocará  significativos impactos no comércio exterior brasileiro , com milhares de encomendas retidas em terminais alfandegários. A paralisação afeta diretamente o recebimento de encomendas internacionais, causando atrasos e prejuízos a consumidores e empresas, e ao final da greve, será necessário trabalho adicional para normalizar o fluxo das encomendas, mesmo que haja uma queda significativa das importações, após a "taxa das blusinhas", implementada no governo Lula.