Geral Consciência Negra
Reflexão e Cultura no Dia da Consciência Negra no Unibave
Evento, trouxe Maurício da Silva
20/11/2024 15h50 Atualizada há 16 horas
Por: Mauro Paes Corrêa
Foto: Antonio Rozeng/Unibave

       Na noite desta terça-feira (19/11), véspera do primeiro feriado nacional do Dia da Consciência Negra, o educador Maurício da Silva foi o palestrante convidado para uma discussão significativa sobre a data. O evento, realizado no Centro de Vivências do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) em Orleans, também incluiu diversas apresentações culturais. Com a provocação “Mais um feriado ou uma chance para tornar o Brasil menos desigual, menos violento e mais próspero?”, o professor guiou o diálogo sobre a importância do dia.

      Maurício abordou os questionamentos que tem recebido sobre o feriado e destacou que, antes de se tornar uma comemoração nacional, o 20 de novembro, data que marca a morte de Zumbi dos Palmares e a Consciência Negra, já era reconhecido como feriado em seis estados e cerca de 1.200 municípios brasileiros. “Essa legislação apenas ampliou o que já ocorria em partes do Brasil. No entanto, se for para ser apenas um dia de descanso, realmente não vale a pena”, enfatizou.

O palestrante ofereceu uma análise histórica, discutindo a Lei Áurea e os movimentos abolicionistas da época. Ele também mencionou figuras negras proeminentes na história do Brasil, como a deputada Antonieta de Barros, o poeta Cruz e Sousa e o engenheiro André Rebouças, ressaltando como a educação teve um papel transformador nas vidas dessas personalidades. Para Maurício, a educação é fundamental para promover mudanças e diminuir desigualdades.Além disso, ele destacou a importância da Lei do Racismo, que penaliza atos de preconceito ou discriminação por raça, cor, etnia ou religião, e mencionou as leis que combatem o bullying e o cyberbullying no Brasil.

        O evento foi organizado pelos alunos da 5ª fase do curso de Pedagogia em colaboração com o Núcleo de Arte Educação (Nued) do Unibave. Antes da palestra, a bailarina Camilli Gonçalves Felisbino apresentou a coreografia “Experimenta nascer preto”, criada pelo coreógrafo Lucas Môro. O encerramento foi marcado por uma apresentação de capoeira conduzida pelo professor Rodrigo Moraes Kruel do curso de Psicologia.

Sobre Maurício da Silva

         Maurício da Silva é mestre em Educação pela UNICAMP e professor aposentado. Ele exerceu sete mandatos como vereador em Tubarão, onde também ocupou os cargos de presidente da Câmara e prefeito interino. Na infância, residiu em Lauro Müller e estudou no seminário de Orleans sob a orientação do fundador do Unibave, padre João Leonir Dall’Alba. Atuou como docente no curso de Administração do Unibave e em programas de pós-graduação.Maurício foi membro titular do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Estadual de Cultura, além de ter sido gerente Regional de Educação.

           Ele também presidiu voluntariamente o Conselho Municipal de Segurança de Tubarão e a Fundação Municipal de Educação. Atualmente, preside o Conselho Municipal de Educação de Tubarão e é membro titular do Conselho Estadual do CIEE, além de integrar a diretoria do Clube Cruz e Souza e da Pastoral Afro-Brasileira Maria Cândida.